terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Grupo Garbo Goleia e Levanta a Torcida em Apresentação Magistral

Rio de janeiro, teatro Glauce Rocha.

Em noite inspirada, o Grupo Garbo jogou um partidaço diante de sua entusiasmada torcida. No campo do Teatro Glauce Rocha, as evoluções do excelente time do técnico Rafael Souza-Ribeiro não deixam margem à dúvida: estamos diante de um verdadeiro escrete! Este time joga compacto, fazendo a ligação entre defesa e ataque com eficiência e precisão, tudo aliado a uma maneira de jogar insinuante, devido à extrema qualidade dos jogadores, estes muito bem treinados pelo competentíssimo técnico, que arma seu time dentro de um esquema que explora inteligentemente as qualidades e versatilidades de seu plantel. Não temos jogadores em posições fixas em qualquer local do campo, e sim alternância nas funções de defesa, armação e ataque, funções estas magistralmente executadas pelo magnífico meio campo formado por Letícia, Paula e Sabrina. E que meio campo! MAS QUE MEIO CAMPO! UMA FORMOSURA! UFA!!!!... Bom, voltemos ao jogo e façamos uma análise tática deste.

Na defesa temos sim um elemento mais fixo, função designada a Cuíca, que joga com sobriedade e simplicidade, dando a segurança necessária às evoluções dos outros setores do time. Cuíca joga um feijão com arroz, como devem jogar os grandes zagueiros.

Na função de ligação entre defesa e ataque, encontramos Sabrina em grande forma. Ela defende em perfeito entrosamento com Cuíca, e sabe como ninguém distribuir o jogo, por vezes fazendo o papel de carregadora de piano (isopor). A virilidade que emprega em algumas jogadas só ressalta outros momentos de puro lirismo. Aliados seu exuberante preparo físico e visão de jogo, esbanja por todo o campo; elegância, técnica e sensibilidade. Sabrina é integrante da linhagem dos grandes meio-campistas, que defendem com força, armam com inteligência, e arriscam-se no ataque com jogadas de grande habilidade. É craque.

Jogando um pouco mais a frente, como um clássico médio volante, Letícia fez um jogo solidário, e ao mesmo tempo virtuoso em jogadas individuais. Com a mesma facilidade com que por vezes buscava as bolas de Sabrina, partia para o ataque com velocidade e ímpeto, parecendo por vezes uma autêntica centro-avante, parecendo por outras uma ponta esquerda daquelas infernais, que desmontam qualquer defesa. Também de preparo físico invejável, esbanjou fôlego já no final da partida, quando já se pensava que ela estaria sumida do jogo, e protagonizou uma das mais belas jogadas da noite. Ela entrou em velocidade, e parecendo ser duas em uma, como se tivesse mais alguém com ela, em seu corpo, uma alma de cimento, algo assim parecido. Esta alma pétrea - verdadeiro fardo numa peleja suada - num momento de apoteose é arremessada por entre o último fio de luz da partida. A torcida silente de suspense e êxtase, entrega-se finalmente ao regozijo pelo gol no último segundo da partida. Leticia jogou para o time e para a torcida, como fazem os verdadeiros craques. Ela é da linhagem dos grandes meio-atacantes, sobrinha de Ademir da Guia, afilhada de Rivelino, abençoada por Zico, e beijada pelo Negão!... recado para o Rui (... Quincas Borba, é uma metáfora, tá? To falando do Pelé, OK?)

Falemos agora da última integrante deste trio comparável somente – melhor porém – aos Três Tenores.

No ataque, porém cumprindo á risca a orientação tática do treinador de não reservar-se somente a esta função, Paula fez um jogo brilhante, sendo este adjetivo modesto para descrever o que foi uma verdadeira aula de atuação. Atacante insinuante, técnica e ao mesmo tempo intuitiva, é também impiedosa com a defesa adversária, já que nas primeiras auroras da partida, partiu ferozmente em direção ao time adversário, saiu driblando com raça precisão e malandragem, e marcou um golaço. Com menos de cinco minutos de jogo! Impiedosa! Estamos diante de uma atacante da linhagem dos ferozes e famintos de gol, virá a dividir o panteão com um Amarildo, o possesso. Com um Dionísio, o bode atômico. Com um Romário, que é só Romário porque é o melhor de todos. Paula tem categoria, precisão e talento, condições indispensáveis para jogar em qualquer seleção do Planeta.

E seria uma blague falar deste time se não falássemos do treinador. Souza-Ribeiro é seguro, tem a equipe nas mãos e montou um time que joga o fino. Tem a sabedoria de não usar esquemas pré-concebidos e fazer os jogadores atuarem em função desses esquemas. Ao contrário, monta o esquema em função dos jogadores, que atuam com leveza, desprendimento e alegria de jogar. Treinador da linhagem de um Oto Glória, de um Telê Santana.

Final do jogo, o placar é de 4x0 em favor dos Garbosos. Gols de Paula, Cuíca, Sabrina e Leticia. A torcida saiu em desfile pela Rio Branco e tomou os bares da Cinelândia, que até hoje não consegue repor o estoque de chope, devido à imensa sede da torcida garbosa.



Benedicto Adolpho.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

É Hoje


quinta-feira, 5 de novembro de 2009

O Alienista no Glauce Rocha

Gustavo Ottoni começa hoje ao meio-dia mais uma temporada de
O Alienista - Uma Leitura Esquizofrênica.
Além das terças e quartas no Planetário, Gustavo agora está às quintas e sextas no Teatro Glauce Rocha. Sempre ao meio-dia!

terça-feira, 13 de outubro de 2009

O Alienista no Planetário da Gávea




Estreia hoje às 20h no Teatro Maria Clara Machado (RJ) "O Alienista - Uma Leitura Esquizofrênica", a partir do conto de Machado Assis.


Todas as terças e quartas a partir de hoje, até dia 11 de novembro. Os ingressos são populares e o trabalho de Gustavo Ottoni é arrebatador.


Merda!

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Grupo Garbo recebe Prêmio em Teresina


O espetáculo "O Alienista - Uma Leitura Esquizofrênica", depois de duas apresentações no Festival Nacional de Monólogos de Teresina, ganhou o prêmio de Melhor Iluminação.

Aplausos para Márcio Leandro de Oliveira, iluminador e parceiro do Garbo!

sábado, 26 de setembro de 2009

Ocupação do Glauce Rocha

"O Teatro do Pequeno Gesto ganha edital da Funarte para Ocupação do Teatro Glauce Rocha até o final do ano. O Teatro do Pequeno Gesto promoverá a apresentação de 6 espetáculos, sendo alguns escolhidos do seu próprio repertório, outros de convidados do Rio e um convidado de São Paulo. Faz parte do PEQUENO GESTO NO GLAUCE também a realização de mesas redondas, o lançamento de Folhetim nº 28 e muitas conversas sobre teatro para aqueles que quiserem freqüentar o teatro durante esse período. Haverá, ainda, aulas práticas de iluminação e de cenotécnica durante as montagens, uma longa oficina que resultará num espetáculo que será apresentado, com entrada franca, no final da ocupação, debates sobre os espetáculos e, também, música, toda quarta-feira, porque ninguém é de ferro. A programação musical conta com a curadoria de Clara Sandroni.

O objetivo é ocupar o Teatro Glauce Rocha com o máximo de atividades buscando atingir um público eclético criando para isso um projeto com horários e espetáculos diferenciados para atingir nichos específicos de público.

Todos os espetáculos teatrais serão apresentados a preços populares (R$ 10,00 / R$ 5,00); a oficina, as mesas e as demais atividades formativas terão entrada franca e os shows de música custarão R$ 20,00 / R$ 10,00."

A Ocupação começa no próximo dia 2 de outubro com a apresentação do espetáculo A Roda, do Teatro do Pequeno Gesto.

O Grupo Garbo é um dos convidados e estará presente na ocupação com dois espetáculos (Isopor e O Alienista - Uma Leitura Esquizofrênica) a partir de novembro.

A partir do dia 2 a programação semanal estará disponível aqui no blog do Garbo.
Merda a todos!

Alô, Alô Teresina! - O Alienista Brasil Afora

O Alienista - Uma Leitura Esquizofrênica mais uma vez pega a estrada! Depois de percorrer o estado do Rio, passar por Curitiba para apresentações no Fringe e por Santos, agora é a vez do Nordeste.

Dia 29 de setembro Gustavo Ottoni se apresenta em Teresina, Piauí, no Festival Nacional de Monólogos que acontece por lá. A apresentação será no Theatro 4 de Setembro que acaba de celebrar seus 115 anos.

Em breve O Alienista aporta no Teatro Maria Clara Machado, na Gávea, Rio, para uma longa temporada. E não para por aí. Mais informações em breve.

Merda!

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Teatro da UFF



"O Alienista - Uma Leitura Esquizofrênica" no Teatro da UFF (Rua Miguel de Frias, 9 - Icaraí).

sábado, 6 de junho de 2009

Para Gostar das Pessoas



Gostar de gente é o que nos coloca nesse caminho. O teatro é a arte do ao quadrado e ao avesso. Na nossa: cidade, hoje, contexto, conta bancária, altura do campeonato, Lei Rouanet, conjuntura, mais duro do que pau de tarado e realidade, enfim, é preciso ensaiar no playground. É preciso autorização e haja cachecol para ensaiar na tarde mais fria do ano entre as grades e vãos da área de lazer. E tome-lhe gogó para disputar com o mais novo bilionésimo prédio que está sendo construído ao lado.

Para gostar das pessoas basta acionar um talento nato, intrínseco, humano: o de gostar tanto, mas tanto do outro, que supera até em prioridade o de gostar de si mesmo. Dar amor é prerrogativa de recebê-lo ou não ou nem sempre. É fazer o café e levar açúcar, adoçante e papel higiênico. É colar o cílio postiço na colega. É tirar uma foto de graça porque trabalha-se de graça. É declarar tudo em silêncio ou na mesa de plástico ao raiar de um novo dia. É carregar um anão de cimento numa mochila sem alças.

Gostar doidamente desses pingos de gente – os que estão sentadinhos em frente e os que estão inflamados no tabladinho junto comigo – é que faz de mim atriz. E plena. Além disso, eu não quero mais nada dessa vida, meus amigos.

Leticia Guimarães

quinta-feira, 4 de junho de 2009

ISOPOR EM NITERÓI




terça-feira, 24 de março de 2009

O Alienista - uma leitura esquizofrênica


(Foto: Henrique Araujo / CLIX )
Quase 250 pessoas assistiram e aplaudiram (até nos emocionar) "O Alienista" entre os dias 18 a 21 de março de 2009 em Curitiba, no FRINGE.
Para alegria nossa e de mais de 540 outras pessoas, "O Alienista" foi visto em Nova Fribrugo, Teresópolis e Nova Iguaçu, nos dias 13, 14 e 15 de maio, respectivamente. Muito bacana.

sexta-feira, 20 de março de 2009


Bagunça? Não! Trabalho.

sábado, 14 de março de 2009

Ó abre aspas, que eu quero passar!



"A força das grandes obras reside no seu efeito catalítico: abrem portas para nós, colocam em movimento a maquinária da nossa auto-suficiência. Meu encontro com o texto lembra o meu encontro com o ator, e o dele comigo. Para o ator e diretor, o texto do autor é uma espécie de bisturi que nos possibilita uma abertura, uma auto transcendência, ou seja, encontrar o que está escondido dentro de nós e realizar o ato de encontrar os outros: em outras palavras, transcender nossa solidão."


GROTOWSKI, Jerzi - Em busca de um teatro pobre

segunda-feira, 2 de março de 2009

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

A história algo dolorosa de uma serpente

Eis o registro atrasado e desmemoriado de nossa deliciosa Oficina Garbo do dia 13 de fevereiro, sexta-feira. De hoje, são duas semanas passadas. Um carnaval no meio do caminho. Mesmo com a cabeça caoticamente povoada de tudo, basta espremer um pouco a testa e silenciar para escrever este relato. Fechar os olhos é opcional.

Sabrina nos mostrou vídeos que fez no Museu da República. Duas senhoras lhe contavam sobre suas vidas; comparavam o passado ao presente. Ambas sentiam saudades: a primeira, do filho morto há alguns anos e a segunda, de sua infância (antes da cadeira de rodas). Sabrina vai continuar com as entrevistas e disse que está ansiosa por falar com uma “velhinha alto-astral”. Acho que naquele momento nós sentimos um medo real do estigma melancolia-solidão que paira sobre a chamada Melhor Idade.

Rafael quer investigar as caras da memória. Sendo para cada um tão singulares, as memórias não podem também ter (maiores ou menores) reincidências / coincidências / correspondências? Nós preenchemos o “Questionário da Memória” criado pelo próprio Rafa. Com perguntas do tipo “Minha memória tem cheiro de quê?”, nós escolhíamos uma opção que remetia a uma lembrança pessoal. Numa calma – porém, algo dolorosa – sessão, nós anunciávamos nossas respostas e revelávamos o mundo que se escondia atrás de cada uma delas.

Paula gostaria de ter iniciado uma pesquisa gestual sobre memória, estilização e objetos. Como não tivemos um espaço mais apropriado, cumprimos apenas a etapa proposta dos auto-retratos com um objeto que tinha alguma importância naquela sexta de 2009.

O por quê dos objetos (chave do carro, pinça, protetor labial e mini game) também foi compartilhado.

Eu, Leetycyah, iniciei minha pesquisa sobre remotíssimas memórias que não sabemos ao certo se as temos ou inventamos. Durante a semana, fiz um ensaio fotográfico com uma cobrinha de brinquedo no jardim da UniRio. Uma das minhas lembranças mais malucas do maternal (sim!) é uma musiquinha : “Essa é uma história de uma serpente que desceu o morro para procurar os rabinhos que perdeu. Você também é um pedaço, um pedação!, do meu rabão!”. Mostrei duas fotos. Pedi que ao verem aquelas imagens, todos tentassem lembrar de algum episódio antigo. Em duplas, um contou ao outro sua história. Individualmente, recriamos a memória relatada pelo parceiro de um jeito não-literal. Fizemos desenho, fogo, foto e foto-novela. Só no final as memórias alheias eram conhecidas.

Está tudo digitalizado em fotografia e, a partir de agora, nessas palavras.

Que a riqueza de dentro esteja sempre conosco!

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

"O Alienista" - uma leitura esquizofrênica


O Grupo Garbo tem o orgulho de arrebanhar o ator Gustavo Ottoni em seu espetáculo "O Alienista", baseado na obra de Machado de Assis.

O Grupo Garbo, Gustavo Ottoni e "O Alienista" participarão do Fringe - mostra paralela do Festival de Curitiba em março de 2009.

Agora conhecemos também a Casa Verde, Itaguaí e a Prima do Costa.

Nós gostamos de tudo muito. Muito ator Ottoni, bem-vindo ao nosso latifúndio de idéias e sonhos.


sábado, 3 de janeiro de 2009




Trata-se de uma frase de minha mãe, ilustrada pela foto de um compositor que gosto, seguido de uma réplica-reflexão a partir da primeira frase, inspirada e escrita Caymmicamente – ou seja, dentro da temática baiana e praieira do mestre – e finalizada com algo que eu disse a propósito da performance que fiz ao cortar meu cabelo na pista de dança de uma boate.

Hoje, Leetycyah.